sábado, 14 de maio de 2011

A Nova Classe Média e os impactos no Serviço Público

Autores: Bruna Lima, Luciana C. Cruz e Mona B. Martins.
Alunas do curso de Gestão Pública do Centro Universitário do Distrito Federal – UDF.

Fonte: http://noticias.r7.com/economia/noticias/assista-conheca-a-nova-classe-media-brasileira-20110102.html 
 
Introdução
            
            Sabe-se que o Brasil é um país em desenvolvimento e que nos últimos anos, sua economia aumentou significativamente. Paralelo a este aumento é possível notar a mudança em sua população, o aumento do seu poder aquisitivo e a redução na desigualdade social. Abordaremos neste trabalho o aumento da classe média no Brasil e os impactos causados por esse aumento, em especial, no transporte aéreo brasileiro.

Maior acesso da classe C ao transporte aéreo e os seus impactos
            
          A pesquisa realizada pelo Economista Marcelo Neri, da FGV, com dados do IBGE, Ministério do Trabalho e do PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio) evidencia o grande aumento da classe econômica C, também conhecida como a Nova Classe Média. E além do aumento de pessoas na classe média, aumentou também o poder aquisitivo desse grupo, que atualmente é avaliada entre R$ 1.064 e R$ 4.591. Um dos fatores responsáveis por esse aumento, foi a elevação da renda do trabalho e o aumento de empregos com carteira assinada.
Porém, a classificação dessa nova classe média não está associada apenas com a maior renda, mas também com escolaridade, acesso a informação e a posse de bens e serviços. Com mais conhecimento e dinheiro no bolso, cresce o consumo dos brasileiros, a exigência por novos produtos e a cobrança de maior qualidade nos serviços públicos.
            Com a inflação relativamente baixa e sob controle, aumentou-se de forma vertiginosa, a parcela da população que viaja de avião. Esse mercado de aviação civil tem apresentado, há quase uma década, grande expansão no Brasil. Em 2010, houve um crescimento de 23,47% se comparado ao avanço obtido em 2009: 17,65%. O crescimento no número de passageiros de transporte aéreo foi motivado pelo aumento da taxa média de crescimento da economia e pelo aumento da renda.
            Buscando atingir o publico mais emergente e aproveitando as facilidades de crédito, que oferecem parcelamentos em até 12 vezes sem juros, tanto as empresas de turismos quanto as companhias aéreas aproveitam para divulgar promoções e tomam iniciativas para facilitar o acesso dessa classe ao transporte aéreo. Um exemplo, é a venda de passagens em lojas como Casas Bahia e Wall Mart, na capital paulista. Esse tipo de estratégia amplia cada vez mais a utilização do transporte aéreo por essa população de renda mediana.
 O elevado número de usuários na utilização do transporte aéreo tem trazido sérios impactos na oferta desse serviço público e maior responsabilidade para a Administração Pública. São necessários novos investimentos públicos nessa área, sem falar da melhor gestão dos recursos já existentes. Atualmente são encontrados problemas técnicos, administrativos e de pessoal, o que conseqüentemente resulta em problemas como atrasos nas decolagens, esperas intermináveis em aeroportos, problemas com os controladores de e acidentes.
A infraestrutura aeroportuária nacional está deficitária. Grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, por exemplo, sofrem com terminais aéreos superlotados, ou seja, com demanda no limite da capacidade instalada. O crescimento necessário do setor de aviação civil no Brasil demandará investimentos vultosos na melhoria e expansão dos aeroportos, dos sistemas de controle de tráfego aéreo e da gestão alinhada entre empresas operadoras, Infraero (que administra os terminais aéreos) e ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil (agência reguladora do setor).
Existem também os problemas de falta de tecnologia: aviões obsoletos, radares têm zonas cegas em alguns pontos do país e as comunicações por rádio falham muitas vezes nesses pontos. Existem ainda deficiências com o fornecimento desse serviço por parte das empresas fornecedoras quando vendem mais passagens do que lugares nos aviões, não passam informações precisas, extravio de bagagens e falta de pessoal qualificado. Outro impacto para a gestão pública é de reorganizar essa situação criando novas normas de controle.    
Obstante ao aumento da Nova classe média a esse tipo de transporte, há um ponto de vista otimista em relação ao aumento do acesso de cidadãos aos transportes aéreos, é a movimentação da economia brasileira. Com preços mais acessíveis e flexibilidade nas formas de pagamento, os brasileiros da classe média emergente gastam mais com o lazer e assim impulsionam a venda de pacotes de viagens, o que acaba ocasionando o maior desenvolvimento para as áreas que tiram seu crescimento econômico do turismo, se tornando uma importante área de investimento na qual o governo deveria inserir melhores planejamentos.  

Conclusão
Com tantas facilidades de compra e a procura de maior conforto em suas viagens, aqueles que possuem condições de usufruir do transporte aéreo, não pensam duas vezes e optam pela qualidade e comodidade que eles oferecem. O setor deve continuar a crescer e milhões de novos usuários deverão ser aguardados para “check-ins” nos aeroportos brasileiros.
Porém ainda há diversas dificuldades para a eficácia do setor aéreo. Estabilizar o tráfego, organizar as companhias impondo infrações mais rígidas, aumentar os terminais de passageiros, reformar e manter os aeroportos em bom estado, construir pistas de pouso e decolagem e box para os aviões, essas são algumas soluções para esses problemas. A questão é que o governo não esperava esse grande aumento, e a nova demanda dos aeroportos requer soluções urgentes e a mobilização dos gestores públicos dessas áreas, para assim alcançarem o objetivo de uma organização eficaz e conseguirem acompanhar o crescimento econômico de sua população, que também está mais exigente.
Por fim, a nova classe média brasileira está com o perfil consumista crescente, a procura de viagens aéreas nacionais e internacionais está em constante aumento e a movimentação na economia é favorável nesse setor. Ainda a tempo de se investir e com o auxilio de uma boa gestão solucionar e melhorar o transporte aéreo Brasileiro. 

Referências Bibliográficas.
A nova classe média: O lado brilhante dos pobres. Coordenador: Marcelo Côrtes Neri. – Rio de Janeiro: FGV/CPS 2010. 

Azul começa hoje venda de passagens aéreas em supermercados – Publicidade. Disponível em   http://www1.folha.uol.com.br/mercado/780138-azul-comeca-hoje-venda-de-passagens-aereas-em-supermercados.shtml. Acesso em: 28 de abril de 2011.
Reportagem Transporte Aéreo. Disponível em:  http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-cidadania/581686-transporte-aereo. Acesso em: 28 de abril de 2011.

Alvarenga, Lucas.  A rodoviária agora é o aeroporto. Disponível em: http://www.voxobjetiva.com.br/materia_completa.php?id=162. Acesso em: 28 de abriu de 2011.

Problema é comum nas principais capitais brasileiras. Disponível em http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=01/05/2011&page=mostra_notimpol. Acesso em: 30 de abril de 2011.

Romero, Cristiano. Uma luz na aviação - Valor Econômico 09/02/2011, disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/2/9/uma-luz-na-aviacao.  Acesso em: 30 de abril de 2011.

Pereira, Renée. Aeroporto tem pouco espaço para passageiros. Disponível em http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=01/05/2011&page=mostra_notimpol Acesso em: 30 de abril de 2011.

Ozires, Silva. Transporte aéreo tenta superar restrições para crescer - palestra proferida no Conselho de Economia, Sociologia e Política da FCESP no dia 14 de setembro de 2000. Disponível em http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=100&Artigo_ID=1091&IDCategoria=1231&reftype=1. Acessado em 30 de abril de 2011.

Balanço da Aviação Civil – Zuanazzi, Milton - diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil - publicado em 20/03/2007. Disponível em http://www2.anac.gov.br/imprensa/texto_MiltonZuanazzi.asp. Acessado em 30 de abril de 2011.

Problemas no transporte não são restritos à crise aérea – Disponível em http://aprendiz.uol.com.br/content/piproclute.mmp. Acessado em 30 de abriu de 2011.

Infraero aeroportos- Relatório Anual 2008 / 2008 management report. Disponível em http://10.6.17.17/intranet/search.php?query=aeroportos&andor=AND&mids%5B%5D=6&mids%5B%5D=2&mids%5B%5D=3&mids%5B%5D=5&action=results&id=c9b602d6718a9708b2b851b1729be8cd. Acessado em 05 de maio de 2011 – Intranet Infraero.

Caderno de dados operacionais – Aeroporto Internacional de Brasília. Março de 2011. Disponível em http://10.6.17.17/intranet/search.php?query=aeroportos&andor=AND&mids%5B%5D=6&mids%5B%5D=2&mids%5B%5D=3&mids%5B%5D=5&action=results&id=c9b602d6718a9708b2b851b1729be8cd.  Acessado em 01 de maio de 2011
 

1 comentários:

Anônimo disse...

Aportaria e muito!!!!! sistema como voos europeos de baixo custo
seria un gran paso para intercambio entre paises na america latina toda
, qual seria o motivo para nao implementar este sistema? Porque eles podem e nois nao????

Postar um comentário